O balão intragástrico é um tratamento temporário e minimamente invasivo para obesidade, levando a perda de peso em decorrência do preenchimento do espaço gástrico por um balão, limitando a capacidade de ingestão de alimentos e provocando a sensação de saciedade precoce, favorecendo a mudança de hábitos alimentares. 

Formalmente, está indicado para os pacientes com sobrepeso (índice de massa corporal –  IMC ≥ 25 kg/m²),  obesos que não preenchem critérios para cirurgia bariátrica e para os super-obesos (IMC ≥50 kg/m²) como um tratamento ponte para a cirurgia.

O balão é um dispositivo de silicone inserido no estômago e preenchido com 400 a 700 mL de solução salina e azul de metileno (corante) por endoscopia digestiva alta, permanecendo por um prazo de seis a doze meses, na dependência do modelo do balão utilizado. 

A colocação do balão intragástrico é considerado um procedimento com bom perfil de segurança. Como efeitos colaterais do balão, podem surgir sintomas refratários de intolerância gástrica (náuseas, vômitos, dor abdominal) com necessidade de retirada precoce do balão, hiperinsuflação do balão, esvaziamento do balão, úlceras gástricas, dentre outros menos comuns. 

Os resultados na perda ponderal variam entre 13 e 20% de perda de peso total. O acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista, endocrinologista, psicólogo e preparador físico  é fundamental para otimizar os resultados e, mais ainda, minimizar o reganho de peso após a retirada do balão.